O Inca estima mais de 6.500 novos casos de câncer de ovário em 2022. É importante que as mulheres mantenham o acompanhamento médico em dia.
O câncer de ovário é a principal causa de morte por tumor ginecológico e um dos mais difíceis de ser detectado. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se já em estágio avançado no momento do diagnóstico. O Inca estima mais de 6.500 novos casos de câncer de ovário em 2022.
De acordo com a oncologista da Oncoclinicas Brasília, Gabrielle Scattolin, a detecção precoce é difícil porque cerca de 70% das pacientes com esse tipo de câncer já apresentam tumor grave. A médica faz um alerta: “Os sintomas do câncer de ovário podem ser confundidos com outros problemas simples, tais como as doenças gastrintestinais, alterações no trânsito intestinal, aumento do volume abdominal, refluxo gastrointestinal ou rápida sensação de plenitude e também distúrbios obstrutivos urinários”, explica a oncologista.
A avaliação inicial é feita por meio do exame de ultrassom do abdômen e exame da pelve via transvaginal ou avaliação por tomografia ou ressonância magnética. Vale ressaltar que o câncer de ovário não tem causa completamente esclarecida. A maioria dos casos não é hereditária. Já o tratamento depende do tipo e do estágio que a doença se encontra. Em estágios iniciais, especialmente em mulher jovens, há a possibilidade de remover somente o ovário afetado, mas quando está avançado, o ideal é a cirurgia com a retirada total do útero, trompas, ovários, além de todos os tumores visíveis, como linfonodos suspeitos. O câncer de ovário é um tumor bastante sensível à quimioterapia e por isso é normalmente indicada após a intervenção cirúrgica ou quando ocorre recidiva da doença.
Prevenção
O mais importante no combate a essa doença é que as mulheres fiquem atentas a mudanças no corpo e fiquem de olho na presença de fatores de risco. Ter hábitos saudáveis também é fundamental:
- Ter uma dieta balanceada
- Moderar a ingestão de bebidas alcoólicas
- Praticar atividades físicas regulares
Ainda de acordo com a Dra. Gabrielle Scattolin, é de suma importância que as mulheres mantenham o acompanhamento médico em dia e reforça que se houver casos da doença na família, o recomendado é procurar um médico o quanto antes para avaliar as opções de rastreamento e prevenção.